Esta poesia faz parte da Coletânea 2005 de Poesias dos Profissionais da Rede Pública de Ensino do Rio de Janeiro, quando tive meu trabalho selecionado.
A Secretaria Municipal de Educação RJ realiza todos os anos um concurso de poesias, modalidade funcionários e modalidade alunos. É uma iniciativa que merece louvor.
Momento insólito
Momento presente, intenso, latente
Inusitado.
Talvez iluminado.
Onde a alma pasma estanca
Rente à cerca imaginária,
Medo.
Este grande inimigo que, muitas vezes,
Nos desvia da rota da felicidade.
Diante da energia sufocada
Corre a água cristalina, linda, quiçá impávida
Quem sabe, aguardando quem com ela baile,
Permanece, ela, covardemente desidratada.
Escolher entre Vercilo:
"Transpor as leis mesquinhas dos mortais"
Ou Djavan:
"Sabe lá, o que é morrer de sede em frente ao
mar!?"
Livre arbítrio.
Alma transgressora,
Corpo enjaulado,
Conflito.
Alma que grita: deixe-me voar!
Sou borboleta
Corpo que responde dissimulado:
Elas estão em extinção!
Enquanto Einstein inquieto no túmulo, brada:
Tempo-espaço é o momento presente,
Deixe a alma libertar, amar
Ela permanece menina por não ser cronometrista.
Mas o corpo que se permite ser arrebatado pelos
grilhões,
Permanece sensato.
E na insensatez, continua matando a Borboleta.
Professora Vanilda Liziete Ribeiro Lopes
E.M. Anita Garibaldi - E/4ªCRE
Vava ou Vanilda?
ResponderExcluirBom, estou aqui em seu cantinho virtual para comentar seus escritos ;)
Parabéns por esta poesia! Realmente, a alma continua menina! Ou, pelo menos, deveria continuar :)
Abs!
Tatyana França