Divulgação dos trabalhos realizados na área de educação e cultura. Compartilhar idéias e ideais.
Convite para lançamento de livro
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
TORNANDO-SE REFERÊNCIA
TORNANDO-SE REFERÊNCIA COMO PROFESSOR.
Há quem pense que para ser professor, basta possuir vasto conhecimento técnico agregando variados cursos e títulos ou tornando-se uma “biblioteca ambulante.”
Sem sombra de dúvidas, um professor que não possua conhecimento e capacidade técnica, não conseguirá desempenhar de forma positiva seu papel, contudo, a educação não pode se limitar a mera transmissão de conhecimentos, precisa gerar e formar valores humanos.
Para criar valores humanos, por uma questão de lógica, quem o pretende, precisa antes de tudo ser um valor humano para tornar-se referência.
Há quem pense que para ser professor, basta possuir vasto conhecimento técnico agregando variados cursos e títulos ou tornando-se uma “biblioteca ambulante.”
Sem sombra de dúvidas, um professor que não possua conhecimento e capacidade técnica, não conseguirá desempenhar de forma positiva seu papel, contudo, a educação não pode se limitar a mera transmissão de conhecimentos, precisa gerar e formar valores humanos.
Para criar valores humanos, por uma questão de lógica, quem o pretende, precisa antes de tudo ser um valor humano para tornar-se referência.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
REINVIDICAÇÃO POÉTICA por JOSÉ LOUZEIRO
O texto abaixo é de autoria do escritor José Louzeiro para a "orelha" do livro de Vavá Ribeiro.
O poeta é um transgressor. De seus exemplos a velha História anda cheia.
Baudelaire conquistou o título Universal de maldito. Comedor de Ópio. Maiakowski jogava pedras nas estrelas, das ruas geladas da Rússia. Queria que elas lhe respondessem sobre o destino.
"Dígami - gritava ele. - Por que estão acesas as estrelas?
Agora, deparamo-nos com indagações semelhantes, feitas por uma poeta, habitante de outro país congelado, desencontrado: Por que eu tenho de presenciar esse enterro de braços cruzados?
As argumentações de Vavá Ribeiro guardam em si o incontrolável desejo de transgredir. Modificar.
Como Maiakowski ela quer que as estrelas digam a que vieram.
E tudo começou em um dia cinzento, de chuva fina. Vavá, cansada de guerra, em plena sala de aula. Aí, decidiu pela estratégia mágica: sumir na cauda de um foguete.
Impossível suportar o rosto desfigurado do magistério. Doíam-lhe os risos ingênuos das crianças. Angustiavam-lhe aqueles olhos de menininhos pobres que espiam dentro da gente.
Vavá chateada. Esbravejando com as estrelas soluçava. Procurando caminhos no céu.
Do lado dela, perto da árvore asfixiada, a escola soluçava. Janelas despencadas, vidraças quebradas, paredes pichadas.
A escola sendo engolida pela Aids. Desenganada.
Quantas vezes Vavá tentou alertar os alunos? Quantas vezes imaginou pintar o vasto mural iluminando de Reinvidicações?
Foi adiando. Quem sabe a escola melhoraria? As dores cessariam?
Certa manhã Vavá fechou-se em sua casa, botou folhas de papel sobre a mesa, pôs-se a traçar este livro-guia-mapa. Aprimorou-o quanto pôde. Depois, colocou-o no quintal, para secar.
Os ventos chegaram, fizeram festa disseram-lhe num sussurro:
- Não se aflija. As crianças virão um dia. Barulhentas e alegres. Correndo. Sempre correndo para inaugurar a escola novinha em folha, escola honesta, perto da árvore despoluída. As salas de aulas estarão limpas, luminosas, arejadas, as vidraças intactas. Uma escola sorridente, comemorando aniversário.
De noite - disseram os ventos quando os alunos estiveram dormindo, a escola nova brilhará como estrelas que é da constelação da meninada.
Vavá saiu de casa às pressas, procurou uma gráfica onde pudesse tirar muitas cópias do seu guia-mapa: "UM TRISTE LUGAR CHAMADO ESCOOLA".
O poeta é um transgressor. De seus exemplos a velha História anda cheia.
Baudelaire conquistou o título Universal de maldito. Comedor de Ópio. Maiakowski jogava pedras nas estrelas, das ruas geladas da Rússia. Queria que elas lhe respondessem sobre o destino.
"Dígami - gritava ele. - Por que estão acesas as estrelas?
Agora, deparamo-nos com indagações semelhantes, feitas por uma poeta, habitante de outro país congelado, desencontrado: Por que eu tenho de presenciar esse enterro de braços cruzados?
As argumentações de Vavá Ribeiro guardam em si o incontrolável desejo de transgredir. Modificar.
Como Maiakowski ela quer que as estrelas digam a que vieram.
E tudo começou em um dia cinzento, de chuva fina. Vavá, cansada de guerra, em plena sala de aula. Aí, decidiu pela estratégia mágica: sumir na cauda de um foguete.
Impossível suportar o rosto desfigurado do magistério. Doíam-lhe os risos ingênuos das crianças. Angustiavam-lhe aqueles olhos de menininhos pobres que espiam dentro da gente.
Vavá chateada. Esbravejando com as estrelas soluçava. Procurando caminhos no céu.
Do lado dela, perto da árvore asfixiada, a escola soluçava. Janelas despencadas, vidraças quebradas, paredes pichadas.
A escola sendo engolida pela Aids. Desenganada.
Quantas vezes Vavá tentou alertar os alunos? Quantas vezes imaginou pintar o vasto mural iluminando de Reinvidicações?
Foi adiando. Quem sabe a escola melhoraria? As dores cessariam?
Certa manhã Vavá fechou-se em sua casa, botou folhas de papel sobre a mesa, pôs-se a traçar este livro-guia-mapa. Aprimorou-o quanto pôde. Depois, colocou-o no quintal, para secar.
Os ventos chegaram, fizeram festa disseram-lhe num sussurro:
- Não se aflija. As crianças virão um dia. Barulhentas e alegres. Correndo. Sempre correndo para inaugurar a escola novinha em folha, escola honesta, perto da árvore despoluída. As salas de aulas estarão limpas, luminosas, arejadas, as vidraças intactas. Uma escola sorridente, comemorando aniversário.
De noite - disseram os ventos quando os alunos estiveram dormindo, a escola nova brilhará como estrelas que é da constelação da meninada.
Vavá saiu de casa às pressas, procurou uma gráfica onde pudesse tirar muitas cópias do seu guia-mapa: "UM TRISTE LUGAR CHAMADO ESCOOLA".
domingo, 5 de setembro de 2010
SEU NOME É UM NÚMERO
Jogada fostes sem ser questionada.
Modelo francês, que bela mancada.
Que erro terias, se pretendias,
Popularizar o ensino, que mal teria?
Tendenciosa e paternalista
Nivelas por baixo seus figurinistas
Corta-lhes a chance de competir
Pois uma pequena parcela é que deve subir
Teu resultado é de se lamentar
Povo ignorante é mais fácil manobrar
E as "tias" navegam nesse barco, e o fazem com amor
Cumprindo a função de rolo compressor
Da classe popular, sem horizonte e sem valor.
Modelo francês, que bela mancada.
Que erro terias, se pretendias,
Popularizar o ensino, que mal teria?
Tendenciosa e paternalista
Nivelas por baixo seus figurinistas
Corta-lhes a chance de competir
Pois uma pequena parcela é que deve subir
Teu resultado é de se lamentar
Povo ignorante é mais fácil manobrar
E as "tias" navegam nesse barco, e o fazem com amor
Cumprindo a função de rolo compressor
Da classe popular, sem horizonte e sem valor.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
MAIS UMA POESIA DO LIVRO: " UM TRISTE LUGAR CHAMADO ESCOLA"- de Vava Ribeiro
BLOQUEIO
O mundo é vasto
Mais vasto ainda é o universo de uma criança
que hoje te olha com avidez,
muito mais do que ontem que te olhava com respeito.
E, de ti, espera mais do que conhecimento.
Mais do que simplesmente o ler, escrever e contar.
Ela vai muito além.
De ti ela quer respeito pelo seu universo.
De ti ela quer aceitação mesmo com o nariz escorrendo.
De ti ela quer carinho mesmo exalando a xixi.
De ti, hoje, muito mais do que ontem, ela espera tudo.
E se já não consegues, por um instante sequer,
Ter imaginação e coragem suficientes
Para montar num cabo de vassoura junto a ela
E transformá-lo num lindo cavalo alado,
Como pretendes penetrar no universo dela?
O mundo é vasto
Mais vasto ainda é o universo de uma criança
que hoje te olha com avidez,
muito mais do que ontem que te olhava com respeito.
E, de ti, espera mais do que conhecimento.
Mais do que simplesmente o ler, escrever e contar.
Ela vai muito além.
De ti ela quer respeito pelo seu universo.
De ti ela quer aceitação mesmo com o nariz escorrendo.
De ti ela quer carinho mesmo exalando a xixi.
De ti, hoje, muito mais do que ontem, ela espera tudo.
E se já não consegues, por um instante sequer,
Ter imaginação e coragem suficientes
Para montar num cabo de vassoura junto a ela
E transformá-lo num lindo cavalo alado,
Como pretendes penetrar no universo dela?
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
HOJE ACORDEI PENSANDO EM DRUMMOND
O maior poeta do Brasil, que na sua humildade retrata: maior, não, médio, nos deixou um legado poético comparado à poucos.
Compartilhemos algumas de suas idéias:
"Não sei qual é o maior poeta brasileiro de hoje nem de ontem. Para mim, não há maiores poetas. Há poetas. E cada poeta é diferente dos outros".
"Minha única sabedoria consiste em recorrer sempre aos dicionários, às enciclopédias. Não há um só dia em que eu não vá ao dicionário para saber se tal palavra se escreve ou não com dois esses".
"A sociedade brasileira repousa sobre equívocos. É uma sociedade egoísta".
"O povo toma pileque de ilusão com futebol e carnaval. São estas as suas duas fontes de sonho".
"Não acredito na literatura como meio de salvar o mundo. Acredito, sim, que a obra liteerária eventualmente possa salvar alguém".
"Nunca entendi bem o mundo. Acho o mundo um teatro de injustiças e de ferocidades extraordinárias. Dizer que nós evoluímos desde o homem das cavernas é um pouco de exagero".
"A poesia tem uma uma particularidade especial. Ela não vem na hora em que a gente quer".
Compartilhemos algumas de suas idéias:
"Não sei qual é o maior poeta brasileiro de hoje nem de ontem. Para mim, não há maiores poetas. Há poetas. E cada poeta é diferente dos outros".
"Minha única sabedoria consiste em recorrer sempre aos dicionários, às enciclopédias. Não há um só dia em que eu não vá ao dicionário para saber se tal palavra se escreve ou não com dois esses".
"A sociedade brasileira repousa sobre equívocos. É uma sociedade egoísta".
"O povo toma pileque de ilusão com futebol e carnaval. São estas as suas duas fontes de sonho".
"Não acredito na literatura como meio de salvar o mundo. Acredito, sim, que a obra liteerária eventualmente possa salvar alguém".
"Nunca entendi bem o mundo. Acho o mundo um teatro de injustiças e de ferocidades extraordinárias. Dizer que nós evoluímos desde o homem das cavernas é um pouco de exagero".
"A poesia tem uma uma particularidade especial. Ela não vem na hora em que a gente quer".
quinta-feira, 15 de julho de 2010
PARA LER E REFLETIR
O ENTERRO DO NÃO CONSIGO
Esta história foi contada por Chick Moorman, E aconteceu numa escola primária do estado de Michigan, Estados Unidos. Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou: "Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos. Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não consigos". "Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base." "Não consigo fazer divisões longas com mais de três números." "Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo O que não conseguiam fazer. "Não consigo fazer dez flexões." "Não consigo comer um biscoito só." A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de "não consigos". Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com frases negativas, em vez de escrever frases positivas. Voltei para o meu lugar e continuei minhas observações. Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra. Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos vazia que estava sobre a mesa da professora. Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos. Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar. Iam enterrar seus "não consigo"! Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigos" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra. Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada. Donna então proferiu louvores."Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do 'não consigo'. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública - Escolas, prefeituras, assembléias legislativas e até mesmo na casa branca. Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs 'eu consigo', 'eu vou' e 'eu vou imediatamente'. Que 'não consigo' possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O "não consigo" estava enterrado para sempre. Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa. Como parte da celebração Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro e a data embaixo. A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna Durante o resto do ano. Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não consigo", Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz. O aluno então se lembrava que "não consigo" Estava morto e reformulava a frase. Eu não era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela. Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo", Vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, Eu também me lembro de que "não consigo" está morto.
Esta história foi contada por Chick Moorman, E aconteceu numa escola primária do estado de Michigan, Estados Unidos. Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou: "Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos. Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não consigos". "Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base." "Não consigo fazer divisões longas com mais de três números." "Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo O que não conseguiam fazer. "Não consigo fazer dez flexões." "Não consigo comer um biscoito só." A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de "não consigos". Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com frases negativas, em vez de escrever frases positivas. Voltei para o meu lugar e continuei minhas observações. Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra. Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos vazia que estava sobre a mesa da professora. Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos. Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar. Iam enterrar seus "não consigo"! Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigos" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra. Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada. Donna então proferiu louvores."Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do 'não consigo'. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública - Escolas, prefeituras, assembléias legislativas e até mesmo na casa branca. Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs 'eu consigo', 'eu vou' e 'eu vou imediatamente'. Que 'não consigo' possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O "não consigo" estava enterrado para sempre. Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa. Como parte da celebração Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro e a data embaixo. A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna Durante o resto do ano. Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não consigo", Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz. O aluno então se lembrava que "não consigo" Estava morto e reformulava a frase. Eu não era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela. Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo", Vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, Eu também me lembro de que "não consigo" está morto.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Um triste lugar chamado escola
O QUE FIZERAM DE TI?
Escola,
Reduto de problemas
Refeitório dos pobres
Dos encaminhamentos
Do posto de vacinação
Dos problemas sociais
Dos relatórios que se perdem
Da inoperância dos COCs
Escola,
Mudaram a tua rota,
Desvirtuaram o teu destino,
Cuja função primordial era ensinar.
( Um triste lugar chamado escola de Vava Ribeiro- pag. 35- Sociedade de Cultura Artística- RJ - 1989)
Escola,
Reduto de problemas
Refeitório dos pobres
Dos encaminhamentos
Do posto de vacinação
Dos problemas sociais
Dos relatórios que se perdem
Da inoperância dos COCs
Escola,
Mudaram a tua rota,
Desvirtuaram o teu destino,
Cuja função primordial era ensinar.
( Um triste lugar chamado escola de Vava Ribeiro- pag. 35- Sociedade de Cultura Artística- RJ - 1989)
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Reflexões
"O conhecimento da verdade é a intenção mais elevada da ciência e considera-se mais uma fatalidade do que intenção se, na procura da luz,provocar algum perigo ou ameaça. Não é que o homem de hoje seja mais capaz de cometer maldades do que os antigos ou os primitivos. A diferença reside apenas no fato de hoje ele possuir em suas mãos meios incomparavelmente mais poderosos para afirmar a sua maldade. Embora sua consciência se tenha ampliado e diferenciado, sua qualidade moral ficou para trás, não acompanhando o passo. Esse é o grande problema com que nos defrontamos. Somente a razão não chega mais a ser suficiente"
Carl Gustav Jung
Com base no texto acima podemos perceber o valor da poesia, da literatura, na vida dos seres humanos, pois aí está o combustível para o equilíbrio entre razão e emoção e a possibilidade de nos tornarmos mais humanos.
Carl Gustav Jung
Com base no texto acima podemos perceber o valor da poesia, da literatura, na vida dos seres humanos, pois aí está o combustível para o equilíbrio entre razão e emoção e a possibilidade de nos tornarmos mais humanos.
terça-feira, 6 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
O olho de vidro do meu avô
Após ler esta delícia de livro: "O olho de vidro do meu avô" de Bartolomeu Campos de Queirós, recomendo-o àqueles que amam a real literatura. Mergulhem neste deleite!
O que seu olho de vidro não via, ele fantasiava. E inventava bonito, pois eram da cor do mar os seus olhos
Toda pessoa é gêmea de si mesma. Há sempre um outro escondido dentro de nós que nos vigia em silêncio.
O olho mágico de meu avô não cansava de espiar. Não era um olhar ameaçador, de olho por olho e dente por dente. Se não parecia um olhar de peixe-morto, também deixava de ser um olho-gordo ou um olho raso d'água.
O que seu olho de vidro não via, ele fantasiava. E inventava bonito, pois eram da cor do mar os seus olhos
Toda pessoa é gêmea de si mesma. Há sempre um outro escondido dentro de nós que nos vigia em silêncio.
O olho mágico de meu avô não cansava de espiar. Não era um olhar ameaçador, de olho por olho e dente por dente. Se não parecia um olhar de peixe-morto, também deixava de ser um olho-gordo ou um olho raso d'água.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Momento Insólito
Esta poesia faz parte da Coletânea 2005 de Poesias dos Profissionais da Rede Pública de Ensino do Rio de Janeiro, quando tive meu trabalho selecionado.
A Secretaria Municipal de Educação RJ realiza todos os anos um concurso de poesias, modalidade funcionários e modalidade alunos. É uma iniciativa que merece louvor.
Momento insólito
Momento presente, intenso, latente
Inusitado.
Talvez iluminado.
Onde a alma pasma estanca
Rente à cerca imaginária,
Medo.
Este grande inimigo que, muitas vezes,
Nos desvia da rota da felicidade.
Diante da energia sufocada
Corre a água cristalina, linda, quiçá impávida
Quem sabe, aguardando quem com ela baile,
Permanece, ela, covardemente desidratada.
Escolher entre Vercilo:
"Transpor as leis mesquinhas dos mortais"
Ou Djavan:
"Sabe lá, o que é morrer de sede em frente ao
mar!?"
Livre arbítrio.
Alma transgressora,
Corpo enjaulado,
Conflito.
Alma que grita: deixe-me voar!
Sou borboleta
Corpo que responde dissimulado:
Elas estão em extinção!
Enquanto Einstein inquieto no túmulo, brada:
Tempo-espaço é o momento presente,
Deixe a alma libertar, amar
Ela permanece menina por não ser cronometrista.
Mas o corpo que se permite ser arrebatado pelos
grilhões,
Permanece sensato.
E na insensatez, continua matando a Borboleta.
Professora Vanilda Liziete Ribeiro Lopes
E.M. Anita Garibaldi - E/4ªCRE
A Secretaria Municipal de Educação RJ realiza todos os anos um concurso de poesias, modalidade funcionários e modalidade alunos. É uma iniciativa que merece louvor.
Momento insólito
Momento presente, intenso, latente
Inusitado.
Talvez iluminado.
Onde a alma pasma estanca
Rente à cerca imaginária,
Medo.
Este grande inimigo que, muitas vezes,
Nos desvia da rota da felicidade.
Diante da energia sufocada
Corre a água cristalina, linda, quiçá impávida
Quem sabe, aguardando quem com ela baile,
Permanece, ela, covardemente desidratada.
Escolher entre Vercilo:
"Transpor as leis mesquinhas dos mortais"
Ou Djavan:
"Sabe lá, o que é morrer de sede em frente ao
mar!?"
Livre arbítrio.
Alma transgressora,
Corpo enjaulado,
Conflito.
Alma que grita: deixe-me voar!
Sou borboleta
Corpo que responde dissimulado:
Elas estão em extinção!
Enquanto Einstein inquieto no túmulo, brada:
Tempo-espaço é o momento presente,
Deixe a alma libertar, amar
Ela permanece menina por não ser cronometrista.
Mas o corpo que se permite ser arrebatado pelos
grilhões,
Permanece sensato.
E na insensatez, continua matando a Borboleta.
Professora Vanilda Liziete Ribeiro Lopes
E.M. Anita Garibaldi - E/4ªCRE
terça-feira, 29 de junho de 2010
Tomba o ícone da Literatura Portuguesa
Ele se foi, mas deixa o que há de melhor na literatura portuguesa, para o nosso encantamento.
Saramago, você viverá eternamente na mente de seus leitores!
Algumas de suas brilhantes tiradas para recordarmos:
"Eu, no fundo, não invento nada. Sou apenas alguém que se limita a levantar uma pedra e a pôr à vista o que está por baixo. Não é minha culpa se de vez em quando me saem monstros."
"Estamos usando nosso cérebro de maneira excessivamente disciplinada, pensando só o que é preciso pensar, o que se nos permite pensar."
"Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe."
"Duas fraquezas não fazem uma fraqueza maior, fazem uma força nova."
"Cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança."
"Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos, façamos tudo para não viver inteiramente como animais."
"É o que as palavras simples têm de simpático, não sabem enganar."
"Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós."
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."
Saramago, você viverá eternamente na mente de seus leitores!
Algumas de suas brilhantes tiradas para recordarmos:
"Eu, no fundo, não invento nada. Sou apenas alguém que se limita a levantar uma pedra e a pôr à vista o que está por baixo. Não é minha culpa se de vez em quando me saem monstros."
"Estamos usando nosso cérebro de maneira excessivamente disciplinada, pensando só o que é preciso pensar, o que se nos permite pensar."
"Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe."
"Duas fraquezas não fazem uma fraqueza maior, fazem uma força nova."
"Cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança."
"Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos, façamos tudo para não viver inteiramente como animais."
"É o que as palavras simples têm de simpático, não sabem enganar."
"Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós."
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."
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